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Providência Divina

Pregador: Rev. Antônio Xavier


Texto: Rute 2.

Rute 2

1 E tinha Noemi um parente de seu marido, homem de posses e da família de Elimeleque; e era o seu nome Boaz.

2 E Rute, a moabita, disse a Noemi: Deixa-me ir ao campo, e colherei espigas atrás daquele em cujos olhos eu achar graça. E ela lhe disse: Vai, minha filha.

3 Foi, pois, e chegou, e respigava no campo após os segadores; e caiu na parte do campo de Boaz, que era da família de Elimeleque.

4 E eis que Boaz veio de Belém, e disse aos segadores: O Senhor seja convosco. E responderam-lhe eles: O Senhor te abençoe.

5 Então disse Boaz ao seu moço, que estava posto sobre os segadores: De quem é esta moça?

6 E respondeu o moço, que estava posto sobre os segadores, e disse: Esta é a moça moabita que veio com Noemi da terra de Moabe.

7 E disse: Deixa-me colher espigas, seguindo os segadores, por entre as fileiras. Assim ela veio, e está aqui desde pela manhã até agora, e só um pouco esteve em casa.

8 Então disse Boaz a Rute: Ouves, filha minha? Não vás colher em outro campo, nem tampouco passes daqui, mas ajunta-te às minhas moças.

9 Estarão os teus olhos atentos no campo que segarem, e irás após elas; porventura não dei ordem aos moços, que não te molestem? E, tendo sede, vai aos vasos, e bebe do que os moços tirarem.

10 Então ela se prostrou, e se inclinou à terra, e disse-lhe: Por que achei graça em teus olhos, para que faças caso de mim, sendo eu estrangeira?

11 E respondeu Boaz, e disse-lhe: Bem se me fez saber tudo quanto fizeste à tua sogra, depois da morte de teu marido, e como deixaste a teu pai e a tua mãe, e a terra do teu nascimento, e vieste para um povo que dantes não conhecias.

12 O Senhor te recompense o que fizeste, e seja cumprido o teu galardão do Senhor, Deus de Israel, sob cujas asas vieste confiar.

13 E disse ela: Ache eu graça em teus olhos, meu senhor, pois me consolaste, e falaste benignamente à tua serva, não sendo eu ainda como uma das tuas criadas.

14 E, ao tempo de comer, disse-lhe Boaz: Chega-te aqui, e come do pão, e molha o teu bocado no vinagre. E ela se assentou ao lado dos segadores, e ele lhe deu grãos tostados, e comeu, e fartou-se, e ainda lhe sobrou.

15 E, levantando-se dali para respigar, Boaz deu ordem aos seus moços, dizendo: Deixai-a respigar até entre as gavelas, e não a impeçais.

16 E ainda tirai alguns punhados, e deixai-os ficar, para que ela os respigue, e não a repreendais.

17 E respigou no campo até a tarde, e debulhou o que tinha respigado, e foi quase uma efa de cevada.

18 E tomou-o, e foi à cidade, e sua sogra viu o que tinha respigado; também tirou, e deu-lhe o que lhe sobejava depois de fartar-se.

19 Então disse-lhe sua sogra: Onde respigaste hoje? E onde trabalhaste? Bendito seja aquele que te reconheceu. E ela fez saber à sua sogra com quem tinha trabalhado, e disse: O nome do homem com quem hoje trabalhei é Boaz.

20 Então disse Noemi à sua nora: Bendito seja ele do Senhor, que não tem deixado a sua beneficência nem para com os vivos nem para com os mortos. Disse-lhe mais Noemi: Este homem é parente nosso, um dos que têm o direito de nos resgatar.

21 E disse Rute, a moabita: Também ele me disse: Com os moços que tenho te ajuntarás, até que tenham acabado toda a sega.

22 Então disse Noemi a Rute, sua nora: Bom é, filha minha, que saias com as suas moças, e que não te encontrem em outro campo.

23 Assim ajuntava-se com as moças de Boaz, para respigar, até que a sega da cevada e a do trigo se acabou; e ficou com a sua sogra.